Estava a dar um programa qualquer que eu gostava na televisão e o mundo estava ao contrário...
As minhas tartarugas precisam de água com oxigénio... and so do I...
Podemos talvez esperar que cada palavra flua à medida que o tempo vai passando... podemos pôr "asas nos dedos" e deixar que eles nos levem a um sítio de esclarecimento que desliza pela nossa sensatez como as gotas de chuva deslizam lá fora pelo betão de que nos revestimos para passar as nossas noites inúteis menos molhadas, mais quentes e mais confortáveis.
Parece-me um tomento, mas tem aquele ar grave e sério de «estou às avessas», «estou denegrido», «estou imobilizado», .... "ESTOU MORTO".
Talvez devesse voltar a pintar o cabelo para ver as coisas pelas novas perspectivas de quem me vê assim. Talvez devesse sublimar o que recalco em dor em coisas úteis como usar mini-saias e comprar cremes para tratar do rosto, já que também estou a dar um empurrãozinho a alguém. Talvez amanhã seja de morango e sejam distantes os dias em que tudo me sabe a verde ofuscante, verde tenro, verde manso, verde ingénuo, verde terra, verde-maçã- vermelha, verde môfo, verde bolor, verde horrível, verde que faz ora sorrir, ora vomitar.
Hoje, minha cara Watson, é dia de apanhares a piela. E fazeres as tuas coisas. Mete o biombo e bebe a garrafa, por mais rasca que seja. Escreve no blog, independentemente do que seja. Isto é muito mais do que a expectativa de quem possa ler... é uma entrega alucinada. Aquele cofre em que me entrego a mim mesma. E tu, minha querida eu, hoje, só recebes isto. Devaneios e solidão.
Porque a vida não são foguetes. E porque quando forem, vão soar melhor depois de saber que estas chuvadas todas não foram suficientes para desistir ou estragar. Hoje, bebo whisky rasca... e água lisa, como se fossem shots polacos, para metabolizar... Hoje, minha querida eu, é dia de apanhares a piela. Deita-te nela... e que ela não te estrague muito, because I don't have time to be broken.
P.S.>
« Os teus olhos são cor de pólvora e o teu cabelo é o rastilho
O teu modo de andar é uma forma eficaz de atrair sarilho
A tua silhueta é um mistério da criação
E sobretudo tens cara de anjo mau
Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder
Basta um olhar teu e o chão começa a ceder
Cara de anjo mau, contigo é fácil cair
Quem te ensinou a ser sempre a última a rir?
Que posso eu fazer ao ver-te acenar a ferida universal?
Que posso eu desejar ao avistar tão delicioso mal?
Que posso eu parecer quando me sinto fora de mim?
Que posso eu tentar senão ir até ao fim?
Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder
Basta um olhar teu e o chão começa a ceder
Cara de anjo mau, contigo é fácil cair
Quem te ensinou a ser sempre a última a rir?
Por ti mandava arranjar os dentes e comprava um colchão
Por ti mandava embora o gato por quem tenho tanta afeição
Por ti deixava de meter o dedo no meu nariz
Por ti eu abandonava o meu País
Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder
Basta um olhar teu e o chão começa a ceder
Cara de anjo mau, contigo é fácil cair
Quem te ensinou a ser sempre a última a rir?»
Jorge Palma
and there goes the neighbourhood...
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