Olá estranho.
Imagino todas as vezes que me teria cruzado contigo se ao menos eu tivesse estado mais distraída quando te encontrei.
Acredito em coisas banais como o céu azul que me inspira e o quanto grito em silêncio socorro.
Quem sabe se não teria sido mais certo, mais errado,
se tivesse esperado o acaso de te voltar a encontrar.
Podia ter sido numa estação de serviço a comer batatas fritas
se ao menos nós tivéssemos mesmo tanta coragem de viajar.
Ainda bem que te encontrei num centro comercial
e me ficaste com uma nota de cinco euros...e era por uma boa causa.
Olá estranho.
Quem foi que te disse que tínhamos que nos deixar morrer como uma baleia que dá à costa só porque é curiosa?
Não sei dizer o quanto este marasmo me faz morder os lábios de solidão
ou o quanto já não sei dizer nada, sem acrescentar algum senão.
Estava com o rosto iluminado e tinha engordado 6 quilos.
E precisava tanto de mudar.
Se ao menos tu soubesses o quanto vou ficar feliz quando vir que consegui sem nos termos deixado para trás.
Se um dia eu tiver que lembrar aqueles dias à beira mar e não for com saudosismo... aí eu vou saber que a minha vida valeu a pena.
Se a minha vida tiver saído da esterilidade e tu ainda me souberes abraçar...
Talvez aí eu consigo escrever o que me está a bater no peito e que não dá lugar hoje a nada de direito.
Porque parece que hoje queres ser um estranho que me abandonou numa praia qualquer.
Até a estrela do mar mais bela seca. Querem preservá-la e deixam-na ao sol, para morrer com aquela beleza rara que era tão mais rica quando humedecida dava um ar da sua graça.
Sinto que talvez te encontre mais vezes se de todo for assim...
mas já não vai ser com um olhar incandescente. vai ser com um olhar morno dormente.
«Passaram mil anos sobre o nosso encontro,
Mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar»
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